Do dia 6 ao 18 de novembro de 2022, as principais referências governamentais e empresariais, cientistas, politicos, especialistas, diplomatas e demais players, reunem-se, no Egito, na COP27 com fins de debater, planejar e estimular a implementação de novas práticas de combate aos fenômenos climáticos que já ocasionam grandes perdas de vidas humanas, além de impactos negativos ambientais, sociais e econômicos advindos do consumismo desenfreado, do aumento massivo da emissão de gases de efeito estufa, da exploração da Amazonia e, sobretudo, de uma pandemia que ainda apresenta ondas, guerra entre dois países produtores de grãos e gás, somado as disputas comerciais entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta.
A COP 27, de 2022, foi estruturada nos seguintes temas: Implementação, Financiamento, Mitigação, Adaptação, Perdas e Danos e Cooperação dentro de um contexo de adaptação, agricultura e sistemas alimentares, biodiversidade, energia, descarbonização, ciência, juventude e gerações futuras e finanças, seguindo-se à COP realizada em Berlim (Alemanha), em 1995 e ao Acordo de Paris,em 2015,onde os países signatários, dentre eles,o Brasil, comprometeram-se a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa GEE com o objetivo de conter o aquecimento global.
Como vemos, a correlação destes temas com a agenda mundial e nacional sobre questões Ambientais, Sociais e de governança é tamanha. Em que se pese a existências de novas regulamentações, a aplicação de multas e fortes debates acerca da agenda ASG/ESG, esta não vem sendo implementada, praticada e desenvolvida da forma correta, com a devida atenção aos temas e em tempo ótimo. Por isto, o slogan da COP 27 “Juntos pela implementação” não deixa dúvidas sobre a necessidade de atuação conjunta e rápida frente a este desafio global de grande risco.
Enquanto isto, os investidores e a sociedade vêm exigindo, seja por meio de seus relatórios, seja por via judicial, que as empresas sejam mais transparentes acerca de suas práticas, incluindo suas emissões de GEE, ações de mitigação e de transição para uma economia de baixo carbono e atentando à sustentabilidade.
Daqui se depreende a importância e a urgência da capacidade em vencer as resistências que surgem e avançar na velocidade esperada e com a abrangência necessária. Não se trata de prever uma reformulação do ESG, porque seus critérios são claros, e os riscos vão continuar existindo e impactando as organizações públicas e privadas. Já é mais do que esperado o momento de refletirmos sobre que tipo de legado queremos deixar às nossas gerações futuras enquanto cidadãos do bem e enquanto representantes de entidades públicos coscientes de nossas responsabilidades sociais e coletivas e e como iremos garantir seus direitos humanos, difusos e coletivos.