23/09/2022 às 16h09min - Atualizada em 23/09/2022 às 16h09min

Como a negociação pode impactar na recuperação de créditos em favor das empresas

Co-autoria: Juliana Brasil Cunha Carneiro

Arthur Laércio Homci

Arthur Laércio Homci

Coordenador da Área Cível e Empresarial da Mendes Advocacia e Consultoria.

Arthur Laércio Homci
Diante de um cenário globalizado em que estamos inseridos, é possível afirmar que todos somos negociadores. A negociação está presente em nosso cotidiano e se trata de uma ferramenta poderosa a ser utilizada de diversas maneiras, inclusive pelas empresas como forma de recuperar créditos.
 
A negociação pode ser considerada como o conjunto de técnicas para intermediar o contato entre o credor e o devedor, com intuito de firmar acordos sobre os débitos que constam em aberto. Esse trabalho pode ser exercido por empresas especializadas, ou por escritórios de advocacia, sendo desempenhadas, nessa atividade, desde a realização da chamada análise de crédito em casos estratégicos, em que são feitos levantamentos de informações essenciais acerca dos potenciais clientes, principalmente se os mesmos possuem pendências anteriores que indiquem uma possível futura inadimplência, até a assinatura de um acordo entre as partes acerca de dívidas já constituídas, após processo de diálogo e interação, para viabilizar o cumprimento das obrigações assumidas e dar mais segurança para a relação jurídica, por meio da constituição de um documento reconhecido como título executivo, nos moldes da legislação processual brasileira .
 
A recuperação de créditos é essencial, uma vez que é necessário assegurar a saúde financeira das empresas. Cabe mencionar que um dos grandes desafios dos agentes econômicos é o índice de inadimplência. Segundo dados da Serasa , 66,8 milhões de brasileiros possuem o nome inserido no cadastro restritivo de crédito. Esse cenário torna ainda mais desafiadora a recuperação de créditos, e a negociação pode ser forte aliada nesse objetivo.
 
A negociação possibilita, dentre outras vantagens: i) a devida recuperação da saúde financeira da empresa, com o restabelecimento do equilíbrio do seu capital de giro; ii) a resolução de pendências na via administrativa, sem necessidade de judicialização dessas demandas; iii) por conseguinte, a diminuição de custos financeiros e temporais para o recebimento de ativos; iv) o desenvolvimento de soluções viáveis também para os devedores, tornando o cumprimento da obrigação negociada muito mais factível. 
 
A empresa que adere à negociação como estratégia para a recuperação de créditos consegue resultados mais efetivos, se posiciona no mercado de maneira mais abrangente, muitas vezes fidelizando clientes, mesmo diante de situações de inadimplência, e tende a ter saúde financeira mais estável. Contratar profissionais habilitados nesse serviço deve ser considerado, nessa medida, investimento, e não apenas mais um custo operacional da empresa.
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