O programa Floresta Viva, de restauração ecológica dos biomas brasileiros, deu mais um passo rumo à proteção do meio ambiente, com a definição de que o parceiro gestor do programa será o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Lançado em novembro do ano passado, o Floresta Viva é considerado o maior programa ambiental do país, com um modelo de financiamento coletivo.
A arrecadação será feita por meio do matchfunding, modelo de financiamento que une recursos não reembolsáveis do BNDES com os de instituições apoiadoras em uma iniciativa voltada para a restauração ecológica de biomas brasileiros com prioridade na formação de corredores ecológicos e recuperação de bacias hidrográficas.
“É a iniciativa privada atuando na restauração florestal por meio do Floresta Viva. O BNDES está colocando políticas públicas do Governo Federal no chão por meio do setor privado. É uma iniciativa importantíssima, a restauração florestal é super importante para o Brasil”, disse Joaquim Leite.
A meta de investimento do Floresta Viva era de R$ 500 milhões ao longo de sete anos, com até 50% de recursos do BNDES. Até março de 2022, os protocolos de intenção assinados pelas instituições com interesse em doar já ultrapassaram em R$ 100 milhões a meta inicial e agora já totalizam R$ 600 milhões.
“Dez empresas se juntaram por meio do Floresta Viva para aprender, inovar e desenvolver o mercado de crédito de carbono florestal aqui no nosso país. Esses parceiros, por meio do Funbio, vão desenvolver tecnologias que vão gerar emprego verde. Esse é um mercado novo, inovador, cuja política pública é do Ministério do Meio Ambiente e o BNDES está articulando a parceria com o setor privado”, disse o presidente do BNDES.
O parceiro gestor Funbio será responsável por organizar o processo de seleção pública dos projetos a serem apoiados, além de receber os recursos do BNDES e das instituições apoiadoras, repassá-los, acompanhar a aplicação e monitorar os resultados. A primeira chamada de projetos está prevista para o segundo semestre deste ano, de acordo com o BNDES.
Com o programa, o banco espera alcançar entre 16 mil e 33 mil hectares de área restaurada, com a remoção de aproximadamente 9 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, considerando um ciclo de 25 anos de crescimento da floresta.