14/04/2022 às 10h15min - Atualizada em 14/04/2022 às 10h15min
O Brasil e o Grafeno
O país é terceiro produtor mundial do mineral grafita, matéria prima do grafeno, material usado em diversos setores tecnológicos.
Anna Paula Mello
Site Governo Federal
Internet O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o Inmetro reuniu agentes públicos e privados para discutir a importância mercadológica do grafeno, um material que pode ser usado em áreas como a impressão 3D, no setor industrial, aeromotivo, aeroespacial, eletroeletrônica, área médica e construção civil. Exemplos de produtos que podem ser criados com o uso do grafeno são tintas com maior duração, lubrificantes mais eficazes, tecidos antibactericidas, além de bicicletas mais leves e resistentes.
Na ocasião, o pesquisador da Divisão de Metrologia de Materiais do Inmetro, Braulio Soares Archanjo, apresentou as experiências do instituto com o produto, uma delas revela a alta resolução do material, em um experimento que gravou em grafeno a menor marca do Instituto já registrada. A logo foi desenhada em nanoescala, com feixes de íons de Hélio. “É a capacidade que temos hoje para ajudar a indústria a desenvolver novos produtos na área de nanotecnologia, na área de grafeno”, complementou Braulio Soares.
Já o representante do setor industrial, Claudemir Gracino, proprietário da Seven Polímeros, falou sobre os desafios para o grafeno no mercado brasileiro, como o foco das indústrias nas commodities, o controle de qualidade por lotes de produção, o Custo Brasil e a falta de fomento para pesquisa e desenvolvimento.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, explicou que o Brasil é o terceiro maior fornecedor mundial do mineral grafita e tem a segunda maior reserva mundial do material, que é a principal matéria-prima para o grafeno. A estimativa é de que esse mercado vai movimentar mais de US$ 3 bilhões nos próximos cinco anos.
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